Procedimento realizado em pacientes do sexo masculino que apresentam aumento do volume das mamas; nos casos em que há desejo de redução das mesmas, devolvendo o aspecto mais masculino da região peitoral.
O aumento do volume das mamas nos homens pode ser decorrente do crescimento do tecido mamário glandular, que está associado, principalmente, a alterações hormonais, ao ganho de peso e ao uso de algumas medicações, e em decorrência do predomínio de aumento do tecido adiposo na região, como em pacientes que apresentam sobrepeso e obesidade.
A correção da ginecomastia pode ser realizada com técnicas distintas, a depender se há aumento do tecido glandular, do tecido adiposo ou de ambos.
Quando há apenas aumento da quantidade de tecido adiposo nas mamas, a correção pode ser realizada através da lipoaspiração. Esta, da mesma maneira que em outros locais, é realizada através de uma pequena incisão que permite a passagem da cânula de aspiração. As incisões se localizam no tórax ou na prega axilar, sendo definida a sua localização de acordo com as regiões mamárias a serem tratadas.
Quando a ginecomastia é decorrente de aumento do tecido glandular, há necessidade de realizarmos uma incisão na região da aréola, para que a glândula seja removida de maneira adequada. A lipoaspiração pode ou não ser associada nestes casos.
Existem diferentes tipos de incisão:
Incisão infra areolar: o corte cirúrgico é realizado na margem inferior da aréola. Utilizada em pacientes com aumento do tecido glandular, mas que não apresentam excesso de pele nas mamas.
Incisão periareolar: toda margem da aréola é incisada. É a técnica utilizada quando há aumento do tecido glandular associado a excesso de pele, leve a moderado, nas mamas.
Incisão periareolar associada a incisão horizontal: é realizada em casos em que, além do aumento do tecido glandular mamário, há excesso grande de pele nas mamas.
A correção da ginecomastia não costuma ter um pós-operatório com dor, mas pode ser necessário o uso de analgésicos simples para o controle da mesma. Além disso, em decorrência do risco de sangramentos no pós operatório, principalmente nas primeiras horas após o procedimento, o paciente sempre é mantido em observação no ambiente hospitalar por período mínimo de 12 horas.
Em alguns casos, o uso de dreno pode ser necessário, sendo este mantido por período de 1 a 2 dias após a cirurgia.
O uso de colete elástico pós-operatório se faz necessário por período de 30 dias ou mais, a depender do caso, assim como a realização de sessões de drenagem linfática de maneira regular, para controle e redução do edema pós-operatório.
A liberação para o retorno às atividades acontece de maneira gradual ao longo do seguimento pós operatório.